sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Saudades


É já faz algum tempo, começo esse ano relatando sobre um trágica perda, aliás esse ano já começou com um monte delas, mas uma delas me fez refletir estes ultimos dias.
Heath Ledger era uma ator promissor e que este ano estava destinado a arrebentar com dois grandes lançamentos: I'm not here e o novo Batman.
Além de charme ele tinha um talento especial, seus personagens eram tão humanos que nos identificavamos com a ternura e a fragilidade destes. Comecei a perceber Heath Ledger naquele filme dez coisas que odeio em você, posso dizer que como qualquer adolescente da época fiquei encantada com aquele sorriso de menino, aquele jeito maroto e olhar desprotegido. Ele era lindo.
E foi sua beleza que me fez presta atenção em seus outros filmes, mas além de limpar meus olhos comecei a perceber que estava diante de um novo talento quando vi A última ceia, neste filme ele aparece só uns quinze minutos mas sua atuação é magnifica. Quando vemos o seu personagem nos encatamos, afinal quem nunca foi jovem , não tentou agradar quem tanto ama e assim acaba se perdendo de si mesmo, só alguem com muita sensibilidade para passar de forma tão intensa a dor que aquele personagem sentia, e Heath era capaz.
Lembro que li uma resenha na internet sobre um filme chamado Brokeback Mountain, fiquei intrigada com a história, não pelo tema do homossexualismo, mas a dimensão humana que isto foi colocado, comecei a acompanhar a tragetória do filme e esperar ansiosa que este estreasse aqui, em Manaus os lançamentos nos cinemas são sofríveis, mas sabia que a espera compensaria, acreditava na dupla de atores e em Ang Lee eu sempre respeitei. Quando assisti finalmente o filme senti aquele nó na garganta que só quando você que algo é passado de forma verdadeira e com dignidade, e foi assim que foi feito. Isso se deve a atuação de Heath, literal e emocionante. Passou a ter todo o meu respeito.
Foi uma surpresa para mim que numa quarta-feira vi na tv a noticia. Realmente foi um choque, perdi muitas pessoas queridas que morreram ainda muito jovens, para a gente é sempre uma superpresa, pensamos que vamos viver para sempre aí a vida vem e nos lembra que isso é só uma passagem.

Saudades