O ÁUGURE
Sou um prisma às avessas
as cores em mim se confundem
sou um tapete de ecos
uma cachoeira de gritos
uma cordoalha de muitos tempos
A esfera de lantejoulas
- passado presente futuro -
roda refletindo mil sóis
Sou essa colméia de incêndios
essa assembléia de sinais
esse rumor insone
Rio de Janeiro, 26 / 2 / 1980
O poema faz parte do livro Minérios domados, organizado por Humberto Werneck, Editora Rocco, Rio de Janeiro, 1993.